Bebês Reborn mobilizam redes sociais
Os bebês reborn são bonecas hiper-realistas que imitam recém-nascidos com impressionante fidelidade. Criadas artesanalmente, essas bonecas têm ganhado popularidade não apenas entre colecionadores, mas também como ferramentas terapêuticas para lidar com perdas gestacionais e carências emocionais.
O que são Bebês Reborn?
Artistas começaram a criar as bonecas reborn nos Estados Unidos, nos anos 1990, utilizando materiais como vinil e silicone. Eles aplicam camadas de tinta e adicionam detalhes minuciosos para simular com perfeição a aparência de um bebê real. Algumas possuem dispositivos que imitam batimentos cardíacos e até a capacidade de “urinar”, aumentando ainda mais o realismo. No Brasil, o mercado tem crescido significativamente, com preços variando de R$ 750 a R$ 9.500, dependendo do nível de detalhamento e materiais utilizados.
Popularidade e Controvérsias
Com o aumento da exposição nas redes sociais, os bebês reborn passaram a ser tratados por alguns adultos, como filhos reais, com direito a perfis próprios, enxovais completos e até consultas médicas simuladas. Esse comportamento gerou debates sobre os limites entre hobby, terapia e possível fuga da realidade. Embora os bebês reborn possam servir como ferramentas terapêuticas, e objetos de coleção, o uso excessivo e a substituição de interações humanas reais. Por vínculos com objetos inanimados levantam questões sobre saúde mental e o impacto na sociedade. É essencial equilibrar o uso dessas bonecas, reconhecendo seus benefícios terapêuticos, mas também estando atentos aos possíveis excessos que podem indicar a necessidade de apoio psicológico.
Medidas Legislativas no Brasil
Diante da crescente polêmica, o Congresso Nacional brasileiro tem discutido projetos de lei para regulamentar o uso dos bebês reborn em espaços públicos:
- PL 2326/2025: Propõe a proibição de atendimentos médicos a bonecos hiper-realistas em unidades de saúde públicas e privadas, com penalidades para profissionais e instituições que descumprirem a norma.
- PL 2323/2025: Prevê acolhimento psicossocial no SUS para pessoas que desenvolvam vínculos afetivos intensos com objetos de representação humana, como os bebês reborn.
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